O que ninguém te conta sobre Honestidade

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O que compartilham ou o que te disseram quando criança acerca da honestidade? Quer dizer, notoriamente quando somos novos temos a honestidade muito aflorada quando somos “confrontados” ou estimulados a dizer o que achamos a respeito de algo ou alguém. E necessariamente nesse mesmo momento aflorado, somos recriminados a sermos honestos apenas em momentos pontuais ou com certos tipos específicos de pessoas. Parece que reaprendi isso verdadeiramente (de ser honesta novamente!) com 29 anos (3 anos atrás…), ou precisamente no início de 2017. Não é estranho que eu apenas com essa idade tenha entendido (e decidido) à importância de praticar (a honestidade) fio a fio? Estranho com poder e propriedade da palavra.

Como o hábito de acordar e escovar os dentes, a honestidade não tem lugar cativo no nosso dia a dia. E como posso generalizar tanto? Simples: veJU poucas pessoas como que vos escreve “colher os frutos” ruins de tanta exposição. Pois é, nem sempre a vida é um mar de rosas. Não digo isso por tratar-se de uma palavra derivada do latim e por ser feminino (se é que entendeu o que quis dizer…).

De maneira bem fluida e direta, a honestidade nada mais é que uma QUALIDADE da pessoa que age com retidão, de acordo com a verdade. Característica do ser que é sincero e em quem se pode confiar, quem possui lealdade. Atente-se a esses pontos grifados [coisa que dificilmente – ou nunca – tenho feito por aqui], porque é disso tudo (também) que quero falar.

Existe um preço oculto, de custo muito alto, nas entrelinhas do que significa ser honesto. Em toda sua totalidade do praticar e entender o quão importante é preciso ser. E para sermos o que queremos, precisamos passar por etapas nem sempre confortáveis. A evolução requer um sofrimento. Não existe neste planeta [ou na galáxia!] qualquer transformação sem um rompimento. Não tenho propriedade psicológica para afirmar isso, mas posso basear-se pelo nascimento de uma criança, que, crescer demanda uma constante modificação física, psico e motora.

Não sou o ser mais fácil de entender entrelinhas. Odeio vitimismo e amo quando a pessoa diz o que gostaria de dizer, de maneira amável e verdadeira. Funciono em um modo de zero filtros. Aliás, graças à terapia [um beiJU em especial para minha psicóloga], tenho entendido que isso é algo primordial para entender quem sou e onde quero chegar. Pasmem, mas o maior arrependimento desta vida adulta da qual me encontro [boletos em dia, estabilidade emocional recente e vida espiritual em foco], foi não ter começado a bendita terapia antes.

Entenderia muito mais coisas logo de cara, evitaria alguns envolvimentos predispostos ao fracasso e pouparia muita gente de um desconforto. Sim, sempre captei quando fazia mais mal do que bem à alguém. E estranho [a mesma do 1º parágrafo] é que fui muito criticada por isso. Enxergava com a graça divina e com a perspicácia que nunca me faltou, que ciclos se iniciam, se vivenciam e se encerram. Insistir em algo que já se acabou é um tiro no pé. E graças à Deus, não tenho mais pendências na minha vida.

Logicamente, como a tendência do ser humano é “ver um problema e já querer se enfiar”, tratei de entender meu atual papel onde me encontro. Realmente quando você acha que possui as respostas da Vida, a mesa gira e você encontra-se em um lugar que jamais imaginou estar. Assustadoramente terrível, impressionantemente maravilhoso. Se alguém virasse pra mim e me falasse que minha vidinha iria ter uma reviravolta em Setembro de 2019, com toda clareza [e certeza!] eu iria gargalhar na cara dessa pessoa [nessa época gotículas salivares eram permitidas no ar].

Foi através de uma mudança profissional, que toda a avalanche do crescer veio acompanhando [e arrastando morro abaixo] meus outros aspectos da vida. Quando olho para trás, não consigo ter raiva, ódio ou tristeza. É uma gratidão mais alta em magnitude do que o Monte Everest. E isso deve-se a que? A postura de ser honesto. Quando se vive a verdade do que vê, do que sente, do que se passa dentro de ti, não existe tempo para arrependimentos. As escolhas, mesmo que provenientes de erros, tornam você melhor, ou na pior das hipóteses, te alertam de maneira direta o que você NÃO DESEJA. Mais do que aprender o que se quer, é ter a certeza [da palavra e da ação] do que você não irá se prontificar a passar novamente.

Minha amiga de trabalho falou algo sábio uma vez [já falou várias, na verdade]: “existem certas situações que se você não graduar, elas irão se repetir na sua vida”. Não sei você que ler, mas loop só serve na roda gigante ou na montanha russa, fora um desses sistemas recreativos, o loop pode caracterizar em um cachorro perseguindo o próprio rabo [mesmo que por diversão] e não saindo do mesmo lugar. Por mais que seja engraçado, não existe beleza nisso.

Atualmente, magoei uma pessoa da qual gosto muito. Minhas escolhas a afetaram de alguma forma, e diretamente o que se tinha pode ter sido quebrado ou nem exista mais. Foi duro perceber que precisei ir até o final para comprovar a mim mesma que estava certa. Infelizmente foi o que escolhi e claramente foi uma péssima opção, porém, foi reconfortante saber que agi com a verdade. Isso, caros, não tem preço. Você colocar a cabeça no travesseiro JUntamente com suas lágrimas e saber que no fim das contas, não existirá dúvidas a ter rondar, ou a energia que se gasta para sustentar uma mentira não irá drenar toda sua vontade de viver… é sem igual.

Então, esse processo não vai ser um caminho florido e cheiroso como a florada das Cerejeiras no Japão, mas lá no fundo, sinto que já valeu a pena ser quem sou e entender que posso melhorar a cada novo acerto ou a cada novo erro a ser aprendido.