Os anos eram 2022 e 2023

Recém casada e um turbilhão de ideias. Acordava no susto por ter alguém permanentemente do meu lado. E não dormia tranquila por saber que a manhã, esse mesmo ser humano estaria ali, no mesmo lugar que o “deixei” assim que fechei os meus olhos. É, a vida de casada não era nada do que imaginava.

Hoje, mais perto dos 3 anos de casamento e dos 4 anos que estamos juntos, vejo que tudo tem o seu tempo. E por muitas vezes nas nossas próprias histórias, a vida acontece de maneira [e perspectivas] diferente do que achávamos. Pois bem, fui contemplada com essa “desventura em série”.

Conversando com o Marido e com minha psicóloga, constatei que de fato meu sonho da vida sempre foi CASAR, mas sem saber no que isso estava implicado. Misturado. Significado. Orquestrado. Desejei tomar uma sopa sempre estando de garfinho.

A parte menos pior nesse processo de dividir a vida – o sabonete, a pasta de dente e quiçá a responsabilidade de descer com o lixo – é que descobri um lado meu que nunca foi explorado e atenuante: NÔMADE.

Sei que pode se perguntar: “Como alguém pode ser nômade morando 33 anos no mesmo lar?”. Pois é, percebi que me apego mais a momentos do que a lugares, salvo o caso, do Rio de Janeiro. Aquele estado em geral – do qual ainda não tive muito a oportunidade de explorar tanto – tem meu coração, minha alma e minha alegria. Não sei descrever em palavras o que sinto naquele lugar. By the way.

Mas era eu e mais um ser do sexo oposto, se mudando para um bairro que eu tinha uma memória afetiva forte – por passar boa parte da infância e adolescência indo aos finais de semana, feriados e férias – para construir nossas próprias memórias. Foi INSALUBRE o que experenciamos naquela casa. Assim, não foi de todo o ruim, mas está longe demais de ser uma coisa boa. Tivemos problemas entre nós. Com o nosso cão. Com o vizinho que se mudou depois de 6 meses que estavamos lá. PERDEMOS nosso gato [para mim é um vazio e uma saudade sem tamanha até os dias atuais. Digo que a última semana de moradia foi a melhor do que os 11 meses e 23 dias de contrato de locação. Fizemos churrasco, jantar e uma caralhada de outras coisas por lá. E isso fechou com chave de ouro nossa vivência.

Quando nos mudamos para o atual apartamento que estamos, senti com a perda do nosso gato, uma sensação de abandono e descoberta. E isso foi sendo substituído aos poucos pela ambientação de onde chegamos. Eu estou há duas quadras de onde passei a infância, e isso é muito louco e ao mesmo tempo muito legal. Passeando com o meu marido e nossa filha no carrinho, perto da linha do trem, fiquei relembrando da época que cortava os pés nos cacos de vidro porque tinha que correr para alcançar a pipa que voava para longe após o corte da linha com cerol. Ou das vezes que colocávamos as moedas na linha para ver o que acontecia se o trem passasse por perto. Fiquei hiper perto da onde jogava golzinho na rua da casa da minha tia, essa, por sinal [a casa, é claro!], virou um lar para idosos.

Subir pela lateral dos fios de alta tensão que dividem o metrô das casas. Enfim, fui tomada por muitas lembranças boas e vi que é isso que carrego dos locais os quais morei e visito. Por mais que se mudem certas coisas, fachadas, asfaltos ou jardins, algo permanece forte. E eu nomeei isso como memória, ou propriamente a boa lembrança.

Pois bem. Descobri a gravidez na casa e “ganhei” minha cria no apartamento. Quase que literalmente. Salvo as dores do parto [aquilo é inesquecível, não sei da onde tiraram que dá para esquecer!] e os problemas de infiltração, é um bom lugar para se viver. Perto de terminal rodoviário. Academia. Rua de farmácias. Sesc. Buteco famoso pelos pestiscos. Metrô. Ficaria por lá tranquilamente, se não fosse os percalços.

Hoje, quando estou me aproximando do prédio e olho para a janela, vejo minha filha lá, me esperando chegar… vejo o motivo de eu não ter almejado a maternidade antes. O que dá um próximo texto fácil, caso eu lembro de escreve-lo. 2022 engravidei. 2023 pari. 2024 partirei mais uma vez.

O ano era 2021…

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.. e eu já tinha mais de 365 dias de tratamento em terapia cognitiva comportamental (TCC). Quase uma matéria de ensino superior, porém, com muitos mais recursos a serem explorados ao longo do tempo [graças à Deus].

Foi o ano que tive minha primeira crise de depressão. Não queria viver. Não queria mais estar neste plano físico. A vida para mim tinha perdido a cor e o sentido literal. Deus me perdoe, mas queria que meu plano de subir aos céus fosse antecipado. Seria pedir muito? Não. Mas como tudo na vida é munido de propósitos, os planos Dele não podem ser frustrados… então os meus foram!

Quando olho para trás, percebo que pincelei por muitas vezes na tinta do suicídio. E isso ficou muito evidente quando tive uma crise nas férias de final de 2019 e queria pular de mais de 12 andares de um prédio. O alerta foi mais que acionado, e meu pós traumático resolveu me dar um presente: uma caderneta de problemas não resolvidos.

No TCC [do primeiro parágrafo!] e no desenvolvimento da terapia em si, a profissional em questão me ensinou muitas das coisas que eu replicava na minha vida em geral, inclusive nos relacionamentos.

O abandono por parte dos meus pais, os traumas da infância, as tentativas de abuso sexual [obrigada Deus por eu não ter sido uma vítima concreta e prática desse horror!], das falsas promessas e do quanto isso ia acarretar na pessoa que eu tinha me tornado. Lembrando que minha essência foi cuidadosamente guardada, mas a minha vivência me tornou um ser humano questionável.

Nada, absolutamente, para mim era duradouro. Tinha início, meio e fim. E fui muito categórica com isso por anos. Não digo que me livrei desse “hábito”, porque graças a isso, consegui concretizar muitos rompimentos necessários – tanto para minha pessoa quanto para as pessoas que deixei partir.

Mas diante de tudo isso, não podia me tornar a Morena que nasci para ser. Foi começar o tratamento com a psiquiatra, com a medicação e o alinhamento na terapia, que a minha vida deu um UP, por assim dizer. E se anos-luz atrás alguém me falasse o que de fato eu iria viver naquele ano… eu choraria sentada no meio fio da rua, enchendo a cara de baré e comendo enroladinho de salsicha até sair pelo olho [você sabia que os componentes da salsicnha demoram 32 anos para sair do corpo? E que certa quantidade de ingestão pode diminuir 35 minutos da sua vida. Surreal não!?].

Pois bem, naquele ano vendi meu carro, saí de uma casa que morava há mais de 33 anos, me casei, já tinha um cachorro, troquei de celular [curti isso pelo meu vício tecnológico], comprei um tablet e passei a odiar as interferências de vizinhos que nem sequer sabiam meu nome [porque nada é perfeito haha!].

E isso para quem lê é pouca coisa, mas para o ser humano estagnado que sempre fui, foi um show europeu. Cada dia uma cidade nova. Sem falar nas notícias que não esperava receber e que precisava fechar ciclos ou conhecer estórias por parte de uma pessoa que infelizmente faleceu antes que eu tivesse oportunidade de fazer as perguntas.

Palavras da minha psicóloga foram: “Morena, você viveu 5 anos em 1. Considere todo o processo”.

Isso foi um choque. Porque não tinha dimensão do estrago vivenciando toda essa confusão que foi o ano. Porém, obrigada Deus porque até aqui me ajudou [a lot!].

Em 2020…

Aprendi muitas coisas. Principalmente na marra. Porque a vida não espera para que você se sinta “melhor” em lidar com os seus problemas, dos outros e de todo resto. Tive que desistir de sonhos que estavam muito próximos de acontecerem, por saber o quão doente mentalmente eu estava e o quão nocivo isso seria ao decorrer do tempo se o “SIM” tivesse sido dito e meu sobrenome aumentasse mais um nome, com mais uma estória para contar.

Aprendi a pedir ajuda. De maneira profissional, de maneira familiar e de maneira social. Foi difícil, e talvez uma das lições mais árduas. Deus não nos criou sozinhos, para isso foi preciso um homem e uma mulher, e até nisso Ele continua nos ensinando. E eu segui aprendendo ao longo do tempo.

Aprendi a confiar mais nas pessoas, me decepcionar e me tornar um ser mais vulnerável. Não foi fácil. Passei por decepções (e devo ter decepcionado também!), humilhações e desrespeitos. E aprendi a me machucar mais. E de longe isso não foi nem um pouco fácil. Ou seria ao contrário do que realmente foi.

Aprendi a estar mais perto de Deus porque eu mal saberia o que me aguardaria em 2021 (o que rende um próximo post!). As lições foram ficando mais intensas e constantes ao longo dos dias. Passei por nervosismos da “primeira vez”, com uma perspectiva totalmente diferente dos meus outros anos de vida. Foi deveras importante saber que eu era/sou uma pessoa ansiosa. Que quando meu intestino para de produzir bolo fecal (vulgo borboletas no estômago), não é simplesmente por capricho físico. Tem um algo a mais aí.

Aprendi a valorizar super minha própria companhia, mesmo que isso acarretou há dias sem me alimentar direito, mal levantar da cama e só ir no banheiro ou buscar uma água para manter meu “home office” ativo. Graças à minha amiga de trabalho (e agora minha Madrinha de Casamento). E complementando isso, foi um ano de despedidas também. Pessoas queridas e alguns familiares que partiram para outro plano.

Aprendi a não me chocar com as más notícias ou acontecimentos, não me espantar com o que pior pode ser dito pelo próximo, mesmo esse não estando tão próximo assim. A lição de que o “lockdown” afastou as pessoas, na minha perspectiva, só evidenciou o que de fato já estava terminado. As pessoas que mais amei e amo na vida continuaram “perto” de mim mesmo que não fisicamente. E isso foi maravilhoso, por perceber que fiz boas escolhas quando a vida me deu opções.

Aprendi a me doar e abraçar os sonhos de outra pessoa, principalmente o quesito “veracidade das informações”. Fui mais sincera, honesta e verdadeira do que jamais fui. Acredito que pesei a mão em algumas verdades, mas o meu passado graças à Deus não pode me aprisionar. Continuo sendo aquilo que nasci para ser: eu mesma.

Como NÃO se casar – parte 1

Oie!

Quanto tempo que não apareço por aqui, certo? É, a vida encontra-se complicada. Muitas mudanças de vida em pouco mais de um ano! É, eu vivi 5 anos em 6 meses de 2021 e eu não recomendo as consequências disso para ninguém. É deveras pesado.

Mas como não só de “desventuras em série” vive essa Morena, posso relatar que tive alguns momentos de alegria e aconchego.

Bom, baseado no título, já posso dizer que a vida dois é um p*** desafio. A cada minuto. Ao ponto da respiração fora de órbita na cama à dois te “tirar do sério”. Na verdade, não me tira! [Ao menos não a respiração, mas o ronco que vem acompanhado].

“Case-se com alguém que tenha defeitos que você suporte”. Eu não achei de fato que essa afirmação faria qualquer tipo de sentido, mas é real com propriedade em cada letra dessa frase. Minha sorte é que os defeitos do meu marido não foram nenhuma novidade da época que estávamos nos conhecendo e do período que fiquei noiva. Pois é, eu pulei a parte do namoro. Digamos que namorar alguém de longe e de quebra “morar” com essa pessoa me trouxe traumas.

A casa fica muito mais cheia quando o marido [ou no caso de alguns, esposa], o cachorro e a ex-gata [uma estória para outro post, se eu lembrar de voltar aqui!], do que quando não estão. Na verdade, aqui nesse cafofo que estamos completando três meses de casados vira um Palácio quando meu marido tem que cumprir plantão no serviço. Um palácio abandonado e sem vida, diga-se de passagem. [Ai que romântica que ela está – piada interna].

Existem limites que devem ser impostos quando o assunto são PARENTES! Sim, sim e sim. Você se casou e se tornou um com aquela pessoa [e toda vez que alguém diz isso, pra mim soa muito Declaração do IRPF – por ser um único endereço], mas não necessariamente os parentes de cara viram os seus. Aquela “penumbra” que te separava e que você mal lembrava os nomes porque era uma enxurrada de uma vez só, cai e a realidade vem a tona [muitas vezes difícil de engolir].

E fechando uma pseudo linha de raciocínio, morar em uma mesma casa por trinta e três F***ING anos não é saudável para ninguém. JURO. Mesmo que isso seja sinônimo de mentira. É deveras prejudicial viver tantas fases entre as mesmas quatro paredes. Não recomendo.

Boomerang

Oie!

Será que, depois de quase sete meses, consigo ao menos digitar alguns parágrafos para “formalizar” as coisas que se passam aqui, do outro lado do touch (ou tela)?

Sim, a vida tem sido corrida e vivida de maneira muito intensa. Não é sempre que em mais um ano de pandemia se planeja [ou tenta] um casamento que o prospecto seja para o resto da vida. Ou é todo ano que acontece?

Okay. De fato são todos os trezentos e sessenta e cinco dias [salvo ano Bissexto] que geralmente ocorre. Todo ano são pessoas e pessoas se encontrando, se desencontrando, casando e deixando de serem casadas. O que é uma pena ao meu ver. E olha que ainda sou solteira perante a sociedade.

JESUS ESTÁ VOLTANDO!

Demorei anos e anos para entender que de fato o Filho de nosso Criador está voltando. E o que isso tem a ver com o texto Morena? Tudo!

Viemos d’Ele e voltaremos para Ele, assim como o título deste pequeno post.

Quero deixar isso claro aqui, mesmo que seja para que eu, repetidas vezes, faça uso de minha visão para internalizar e acreditar no que leio.

Tenho vivido o amor e os propósitos de Deus na minha vida todos os dias. Como é difícil crescer e largar coisas que nos atrasam nesse relacionamento enriquecedor.

E claro, estou aqui para transcrever que vou casar e estou eufórica com isso. Meu sonho de ser casada aos vinte e um anos ocorrendo aos trinta e três anos, na idade de Cristo. Sim, gosto de números mesmo não sendo de exatas. Hehe!

Em pleno dois mil e vinte um vivendo tantas várias vezes e fechando tantos ciclos. Obrigada a todas as pessoas que fizeram parte da minha vida e das quais eu tive a oportunidade de fazer também. São “temporadas” que me transformaram sempre para o melhor, mesmo não sendo as mais enriquecedoras e gostosas lembranças.

Preciso voltar a escrever. URGENTEMENTE. Porque sinto que meus pensamentos estão inundados de experiências que a “não prática da escrita” engessa muito do que pode ser útil, e não necessariamente bonito.

Noivo, se um dia você entrar neste link, obrigada pela oportunidade de escrever uma nova estória ao meu lado. Nós três sempre juntos é o que mais deseJU na nossa vida: eu, tu e Ele.

Preciso falar de você

São exatamente 31 de março agora, neste momento que estou escrevendo esse texto. E depois de uma sessão de terapia, percebi que de fato precisava voltar a escrever. Como as outras pessoas “se afogam” em diferentes formas, me aparenta fortemente que meus textos possuem mais cor quando meus dias são cinzentos e escuros. Claro, que eu jamais imaginava sentar aqui, na frente deste notebook emprestado do meu noivo para dizer o óbvio: EU SINTO A TUA FALTA!! E antes que isso possa parecer arrependimento de término ou qualquer coisa ligada sentimentalmente, você que me lê, está enganado. Trata-se do árduo e verdadeiro LUTO. Perder um amigo de causas naturais, ou um parente já é aflito, mas perder um ser tão querido é doloroso demais. Hoje, ir trabalhar presencial depois de mais de um mês foi doloroso. Ver nossas conversas no ambiente de trabalho, os e-mails das resoluções nas questões administrativas, sua foto na Intranet, a notícia do teu óbito na página inicial, sei lá, me pareceu tão cruel e vil diante de tudo o que eu e todos os colegas (e sim, alguns amigos que de fato você – no caso o Rafa – fez) vivemos esses anos contigo. Poxa, meu primeiro emprego e que graças à uma terceira pessoa, eu tive o privilégio de te conhecer e compartilhar tanto com você. Céus! É doloroso. E não estou falando porque já malhei no dia de hoje. É inquieto e frio a sensação de fisicamente não te ter mais na Terra. Sim! Ainda me considero uma pessoa que acredita que a Terra é uma passagem para a glória de Deus. E por mais que a MORTE seja corriqueiro e constante, me incomoda o fato de não falarmos sobre ela. Talvez – ou com toda certeza – porque sabemos que ela evidencia o que é importante nas nossas vidas e o quanto o nosso olhar estava pobre e focado no ambiente, nas pessoas, nas coisas que não levam para frente. Bom, por mais contraditório que isso possa parecer, TEMOS QUE DE FATO darmos valor as pessoas quando estão em vida. Covid-19 (e eu em pleno 2021 escrevendo tardiamente) deixou claro que o rito de passagem do ser presente para a ausência eterna não tem sido debatida com tanto vigor e coragem como a política no nosso País ou até no mundo. Pessoas, onde é que vamos parar? Tenho parado a cada discussão com quem amo, a cada choro do nada, seja pela lembrança ou pela memória construída e solidificada no meu cortéx (é lá mesmo que se guarda?). Tenho sentido muito e sentir dói. Ouvir músicas altas no fone e “devanear” meus pensamentos não tem sido suficientes. Como todos os meus esforços não foram para dizer ao Rafa o quanto eu amava a nossa amizade. Com ele eu me arrependo de não ter enfatizado isso na última vez, lá em Fevereiro, quando entramos em lockdown por causa da pandemia. E hoje meu coração sangra pela saudade e pelo arrependimento, não invalidando tudo o que fiz e tudo o que falei, mas exatamente pelo o que não foi dito.

Não sei o que você, que lê esse texto esta passando, mas seja lá o que for, vai passar, e antes mesmo que isso passe, não é melhor por tudo no seu devido lugar?

Fica a reflexão!

O que você tem aprendido com a pandemia?

Nem sei por onde começar. Foram tantos aprendizados desde que foi decretado a pandemia no nosso país.

Passei por uma série de coisas antes que isso tudo começasse. Nem nos meus sonhos [ou pesadelos!] mais loucos, imaginei que o ano de 2020 seria de tamanho aprendizado. Vai contra a todos os anos “ruins” que eu tive ao longo da minha existência. Esse, sem sombra de dúvidas, foi o intensivão, a prova mais árdua ou o vestibular mais cansativo.

Longe de parecer uma crítica ou deixar fluir nesse teclado em palavras que vos escrevo, que esteja de alguma maneira reclamando. Não mesmo! Mas acho importante de maneira literária, visual e prática registrar mais uma vez com detalhes [não tão detalhistas assim!] o que esse ano tem representado pra mim.

Graças à Deus comecei a terapia. Não de maneira que imaginei um dia [apesar de não achar que precisaria desse tipo de aJUda…], mas foi necessário todo um tipo de ocorrências momentâneas para que eu começasse. E sabe o que mais? Um P*TA DE ARREPENDIMENTO de não ter feito isso antes. Onde estava? O que comia? O que pensava? Não faço a mínima ideia [talvez faço sim, já que os posts daqui não me deixam esquecer].

Foi tudo tão intenso e exaustivo, que só com aJUda mesmo para que continuasse levantando de tantas quedas. Tantos anos doente mentalmente e tanto estrago que isso foi causado [dentro de mim e dentro de alguém!], que o mínimo [mas significativo!] que pudesse fazer era não “estragar” mais o meu ser ou de quem estivesse ao meu lado.

Crescer é um processo dolorido. Levantei essa questão em terapia, e me surpreendi com a resposta positiva da psicóloga. Parece que certos momentos precisamos de uma afirmativa [mesmo que ela preceda de situações não tão confortáveis], de uma visão neutra de tudo o que esta ocorrendo e dos passos que estou dando, rumo ao desconhecido chamado VIDA!

Falei muito mas não disse nada. É esse o verdadeiro propósito. Ao menos, por hora, não seria inteligente ou viável explicar o que pretendo fazer. Gosto da ideia de concretizar o plano e depois compartilha-lo. Sei lá [ou sei de fato], mas acredito que isso faça algum sentido.